Arianna Amaducci nos conduz a um labirinto de emoções muitas vezes conflitantes, ao longo dos caminhos da solidão e da dor, mas ela também sabe como nos dar as emoções de ternura e paixão, cristalizando-as nas gotas âmbar de lembranças que nunca se extinguem. O seu é um nomadismo interior incessante: perseguir a felicidade e tocá-la sem nunca atingi-la, como uma libélula louca que voa de seus dedos. Mantenha a vida com os dentes, mesmo quando um vazio mental assustador é preenchido apenas com o desejo de acabar com ele, e domar a fera invisível que tenta devorá-lo de dentro. E procurar as raízes passadas de um profundo mal-estar na ferida nunca curada da morte prematura do pai, no fluxo diário de humilhações infligidas a uma criança hipersensível por uma mãe opressora, na inocência profanada por carícias lascivas nascidas da penumbra saturada de incenso confessional … Sentir que não pertence a um mundo árido e hostil contaminado pela impossibilidade de amar, e ainda continuar a sonhar em voar novamente, como uma andorinha ferida que abre novamente as asas.

Arianna Amaducci

Arianna Amaducci é uma artista polivalente: dedica-se à pintura, à poesia e à ficção. Ele estreou com o romance autobiográfico Io non sono di qui (WLM 2009). Com Kaiki (WLM 2010), ele continua sua jornada literária com base em novas idéias de suas histórias pessoais, evocadas com sua intensidade emocional pungente usual, mas também é projetada em excursões sugestivas para o passado e em visões do futuro.